Mais 8,9 milhões de hectares de áreas protegidas

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ - 28/08/2016
Este é o saldo dos 9 anos de trabalho do ICMBio na área de criação e ampliação de unidades de conservação


Desde a sua fundação, em 2007, até hoje (agosto de 2016), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criou ou ampliou os limites de 39 unidades de conservação (UCs) federais, aumentando o estoque de área protegida no país em 8,9 milhões de hectares.

Atualmente, o Instituto gere 326 UCs. Juntas, elas somam algo em torno de 78 milhões de hectares, cerca de 8% de todo o território nacional. Na era ICMBio, portanto, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), no âmbito federal, teve a sua extensão ampliada em pouco mais de 10%, se comparado ao período anterior.

Esse crescimento pendeu majoritariamente para o grupo das UCs de proteção integral, que apresentam normas mais rigorosas de uso, com 5,6 milhões de hectares, correspondentes a 63% do total. As UCs de uso sustentável, que permitem ocupação humana e o manejo mais amplo dos recursos naturais, ganharam 3,2 milhões de hectares, equivalentes a 36%.

Amazônia

As novas áreas protegidas ficam, majoritariamente, no bioma amazônico - 6,7 milhões de hectares, ou 75% de tudo que foi criado ou ampliado pelo Instituto. Além de conservar e garantir o uso sustentável dos recursos naturais da região, a iniciativa funciona como uma importante barreira ao avanço do desmatamento.

Em seguida, vem a Caatinga, com 850.591 mil hectares, e o Cerrado, com 830.306 hectares, este último um dos biomas mais ameaçados pelo avanço das atividades produtivas, como a pecuária extensiva e a agricultura para exportação (grãos, principalmente a soja).

Foram criados ou ampliados ainda 267 mil hectares na zona marinha costeira, que tem apenas 1,7% da região sob algum tipo de regime especial de proteção legal, e 244,6 mil hectares na Mata Atlântica, de longe o bioma mais devastado desde o Descobrimento do Brasil.

Parques e flonas

Por categoria, três quartos das áreas protegidas criadas ou ampliadas pelo ICMBio estão em parques nacionais (Parna) ou florestas nacionais (Flonas). São 4,4 milhões de hectares (49,7%) em parnas, como o de Acari, no Amazonas, da Serra da Gandarela, Minas, e de Boa Nova, na Bahia, e 2,2 milhões de hectares (25%) em flonas, como a de Amana e de Urupadi, ambas na Amazônia.

Foram criados ainda 748.113 hectares por meio de reservas extrativistas (Resex), entre elas, as Resex de Cassurubá, na Bahia, e Prainha do Canto Verde, no Ceará, que abrigam ecossistemas marinhos costeiros e geram renda para centenas de famílias de pescadores e catadores de caranguejo.

Entre as unidades de maior restrição de uso, foram oficializados 718.741 hectares com a criação de três estações ecológicas (Esec) - destaque para a Esec Alto Maués, no município de Maués (AM), região com uma das maiores concentrações de primatas do mundo e mais de 600 espécies de aves, considerada santuário ecológico - e mais 359.137 hectares, com a única reserva biológica criada pelo ICMBio, a de Manicoré, também no Amazonas.

Duas APAs

O ICMBio acrescentou ainda 267.412 hectares com a implantação de duas áreas de proteção ambiental - a APA da Costa das Algas, na zona costeira marinha do Espírito Santo, e a APA dos Campos de Manicoré, no Amazonas. Ainda nesse grupo de uso sustentável foram estabelecidos 38,1 hectares para a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras, no cerrado mineiro.

Por fim, o Instituto Chico Mendes agregou ao Snuc 100.259 hectares com a instituição de três refúgios de vida silvestre (RVS) - o de Boa Nova e de Santa Cruz, ambos na Bahia e, mais recentemente, o RVS de Alcatrazes, a mais nova unidade de conservação do país, criada no dia 3 de julho passado, no litoral de São Paulo. Houve ainda a incorporação de 26,6 mil hectares, com dois monumentos naturais: o do Arquipélago das Ilhas Cagarras, no Rio, e o do Rio São Francisco, entre Bahia, Sergipe e Alagoas.



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